segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Mais que sentir

Por que este aperto no peito? Este incômodo em meu coração? Continuo me perguntando, mas já sei a resposta: é o medo. Real, impactante. Pois não quero que seja assim. Tenho fé, não vai ser. Agora não. Ainda há muito pra ser vivido, para ser descoberto, para ser entendido. Tudo o que eu fiz, tudo aquilo que eu poderia ter feito. Os arrependimentos, as alegrias. Não é a hora, não mesmo. Não adianta, somos imperfeitos, tememos (mais ainda) o que não conhecemos. Mas existem sentimentos que nos mostram que somos seres humanos, mesmo quando tudo parece mostrar que somos cruéis. E não é o meu caso, não mesmo.
Não há nome para definir. Está lá, apenas, acontece. E, se vale tanto, não precisa ser assim, derradeiro. Acredito mais, espero por algo melhor, sempre. "Outside the sun is shining, it seems like heaven ain't far away." Ponho fé nesta máxima, em que tudo (ou quase) vai ser melhor. E você precisa estar presente. Senão, não vai ter a menor graça. E não se trata de dizer que este é um pedido de desculpas; é apenas um pedido, com muita emoção. Apesar de não ser tudo o que eu queria ser, sou bastante digno para confessar: eu amo, sou intenso.
Os anos passam: e dentro de um olhar, a partir de um sorriso, depois de um gesto belo, após uma confissão, o que vem de um arrependimento, é possível perceber o que somos. E não conseguimos dizer o que é, nem repetir perfeitamente: está lá, nos consome, é mais que sentir.
É viver.

Outros, três linhas

Vale a pena, alma serena,
Sentir-se realizado, estar feliz
E com a consciência plena.

Tenho problemas,
Enfrento dilemas,
(tento!) Crio poemas.

Diga-me adeus,
Deseje-me sorte,
Mas não pense que não sou forte.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Sem culpa

Que culpa tenho se, quando te vejo,
Quero mais que um simples beijo?
Demoro a perceber
Que todo este querer
Me faz acreditar
Que somos terra e mar
Em pleno chão comum.
Não, somos mais que um
Ou outro a flertar:
Somos devotos, errantes,
Fazendo pouco e ao mesmo tempo,
Muito mais que antes.
Até quando esperar?
Quando decidir falar?
O momento chega,
Passamos,
Saímos, nos distraímos,
Com outra coisa nos enganamos.

Estou aqui, sentado,
Esperando você passar.
Só pra continuar
O faz de conta no olhar,
A imaginação,
Fazendo a vida voar
E girar
E nos alegrar.
Sem ser em vão.

Reminiscência (mais um)


Eu descia. Ela subia.
Mudamos nossas direções
E então, encontramos o que era o amor.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Alguns, início

Amizade é compartilhar
Quando estamos sozinhos
Ou quando é preciso esperar.

Madrugada de outono:
Pensamentos, alguns trazem alento;
Outros, fazem perder o sono.

Nada tão bom como deixar
O olhar ser o pilar
Do querer e do gostar.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Mea culpa (I)

Esperar pelo momento mais oportuno. Até quando? Será mesmo que as palavras são mais relevantes que a tua presença? Sou o que sou, procuro não dissimular. E de todos os problemas que você não tem vem essa soberba, essa confiança excessiva. Mas não tem problema, prefiro esquecer de tudo por alguns momentos e me divertir. E que a culpa fique pro cartório.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Saudade

Às vezes, mesmo nas relações mais duradouras, a saudade pode servir como alento para diminuir as rivalidades ou (in)diferenças existentes, que são, na maioria das vezes, unilaterais. Mas é claro, isso quando as relações forem verdadeiras (ou pelo menos parecerem).

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Realidade

No desejo (talvez frívolo) de aproveitarmos incessantemente cada momento, buscamos, cada vez mais, ser tão inexistente quanto o cavaleiro e paladino medieval - que, além de tudo, era exemplar, pois não precisava dormir.